terça-feira, 3 de janeiro de 2012


Diminuição do desejo sexual feminino

"A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a satisfação sexual como um índice de qualidade de vida, estimulando, assim, a prática sexual segura e prazerosa. Ainda assim, falar sobre o relacionamento sexual continua sendo tabu para muita gente. Pesquisas apontam que aproximadamente 10% das mulheres admitem possuir diminuição progressiva do desejo sexual, mas especialistas revelam que esses números podem ser bem maiores. “Inúmeras pacientes não se sentem à vontade de comentar sobre sua sexualidade com o ginecologista ou por não terem sido sequer questionadas a respeito ou por não terem conhecimentos sobre o assunto, acostumando-se a situações de falta de desejo”, afirma Dra. Flávia Fairbanks, ginecologista especializada em sexualidade humana.

  1. o mais comum e temido problema que afeta as mulheres neste caso é o Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH). “Trata-se de um problema de saúde relacionado a múltiplas causas, algumas orgânicas, como redução dos níveis dos androgênios, como a testosterona; outras situacionais ou ligadas a problemas no relacionamento conjugal. É fundamental que se faça a distinção entre problemas de relacionamento conjugal e TDSH, sendo esse último considerado uma disfunção sexual”, revela Dra. Flávia.
A ginecologista informa que quando a paciente diz não ser mais capaz de sentir desejo ou de se excitar por nada, nem pelo parceiro, nem por outros indivíduos, nem mesmo aos estímulos da mídia, filmes, entre outros artifícios, estamos frente ao diagnóstico de TDSH. “Por outro lado, se a queixa for de que ‘aquele’ relacionamento já não a estimula mais, porém os outros tipos de estímulos anteriormente mencionados são suficientes e capazes de promoverem sua excitação, provavelmente se trate de um problema de relacionamento, que pode ser solucionado, caso haja interesse, através de psicoterapia individual ou do casal”, conclui.
Os tratamentos possíveis para o TDSH são dependentes da fase da vida em que a mulher se encontra. “Nas jovens, que ainda menstruam regularmente, não devemos pensar em associar hormônios, exceto se uma grave disfunção hormonal for encontrada. Nos casos mais comuns, o melhor é a psicoterapia individualizada focada na sexualidade”, diz Dra. Flávia.
“Quando a mulher está no climatério, podemos diagnosticar problemas hormonais com maior frequência, tanto pela redução dos estrogênios próprios da menopausa, quanto dos androgênios. Nessa situação, o melhor é associar a reposição androgênica e estrogênica com a psicoterapia sexual, tudo após minuciosa avaliação do caso, realização de exames complementares e certeza de que não há contra-indicações para a administração dos hormônios”, declara Dra. Flávia.
Por fim, a médica ressalta a importância de um diagnóstico correto para o TDSH e o manejo adequado de seu tratamento por profissionais especializados. “Um erro inicial pode implicar em tratamentos desnecessários ou equivocados com grandes prejuízos futuros para a autoestima da mulher e para seu relacionamento conjugal”, finaliza."
Texto de Aline Mendes
segredo do sucesso para 2012

"A cena se repete a cada final de ano: a esperança nos leva a traçar metas para os 365 dias em branco que se  a nós mesmaproximam. Fazer dieta, trocar de emprego, viajar, estudar, conhecer o grande amor, comprar um carro... Traçar resoluções de ano-novo é um exercício de autoconhecimento, pois os objetivos nos ajudam a definir nosso papel no mundo. E não são poucas as pessoas que escrevem os desejos no papel, como se a listinha tivesse poderes mágicos. Mas muitos se esquecem das promessas antes de o Carnaval chegar. E boa vontade não basta.
“Muita gente promete o que sabe que não conseguirá cumprir. Insiste em acreditar em coisas que não fará e planeja aquilo que não tem capacidade para executar. É o autoengano: mentiras que contamos para nós mesmos”, diz a psicóloga Angélica Amigo, de São Paulo. É bom, portanto, tirar da mente as metas irreais, principalmente as que envolvem números. Em vez de planejar perder 20 kg ou quitar as dívidas em seis meses, que tal traçar objetivos mais realistas, como emagrecer um quilo ou quitar uma dívida por mês?
É fundamental posicionar-se de uma forma diferente para que as mudanças aconteçam. “Preste atenção nas promessas e nos erros que vêm se repetindo com o passar dos anos. Repare nas queixas, nas cobranças... Considere os hábitos repetitivos de sua própria vida", diz Angélica. Se os erros não forem reconhecidos e transformados, dificilmente uma mudança ocorrerá.

Alguns objetivos ficam paralisados, simplesmente, porque desperdiçamos tempo. Quem se propõe a ler um clássico por mês, por exemplo, não o fará se ficar horas diante da televisão. Por outro lado, há quem espere que os outros digam o que deve ser feito ou mudado, pois é bastante cômodo permanecer inerte, uma vez que a pessoa não se responsabiliza se alguma coisa sair errado. Lembre-se: quando passamos a viver de acordo com o que tem sentido para os outros, abrimos mão do que é importante para nós.

Para que mudanças aconteçam, o compromisso tem de ser com a verdade. Não adianta tentar se enganar ou ficar mudando de acordo com o contexto e ainda se justificando. É fácil se iludir e fantasiar que está progredindo. Para orientar-se, perceba suas verdadeiras possibilidades de realização e, para isso, às vezes, é necessário reconstruir-se. “É importante ver um sentido na própria mudança, pois quando não dá mais para mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nòs mesmo " diz Angélica Amigo.